09/03/2009

"Arquivo Universal" No Museu Berardo

A exposição "Arquivo Universal - O documento e a utopia fotográfica" vai reunir mais de mil fotografias, revistas, filmes e documentos datados entre 1851 e 2008 no Museu Colecção Berardo.


Organizada pelo Museu d`Art Contemporani de Barcelona (MACBA) em co-produção com o Museu Colecção Berardo, esta exposição explora a missão e a história da fotografia, a sua ligação à noção de documento, testemunho e representação histórica.
As centenas de fotografias, publicações e filmes abrangem mais de 250 autores diferentes -
desde Lewis Hine a Martha Rosler - analisam nesta mostra a noção de documento na história da fotografia a partir do estudo sobre o género ao longo do século XX.

No percurso criado para esta mostra, é traçado um itinerário histórico que vai do início da hegemonia da fotografia na imprensa ilustrada, no primeiro terço do século XX, até à alegada crise do realismo fotográfico na era digital, no final do século.
Segundo a organização da exposição, sem pretender fazer uma história do género fotográfico documental, ou esgotar as suas definições possíveis, "Arquivo Universal" pretende estudar a forma como tem sido constituído o documento fotográfico em determinados contextos históricos.

A exposição divide-se em três momentos: "As Políticas da Vítima", ponto de partida, explicam o aparecimento do género documental na fotografia e no cinema ligado à representação das classes trabalhadoras.
Dá como exemplo a obra de
Lewis Hine para o National Child Labor Committee, implementado em 1907 nos Estados Unidos, como precursora de um tipo de documentário artístico-político de carácter reformista, que emerge como uma forma de acusação.
Neste sentido, o género é constituído historicamente de modo a representar os desfavorecidos, instaurando assim uma "tradição da vítima".

Numa segunda parte, intitulada "Espaços Fotográficos Públicos", traça-se o percurso das exposições desenhadas a partir de uma concepção "expandida" de espaço, fundamentada no uso da fotografia, como o caso de Lissitsky, entre 1928 e 1930.

Numa terceira parte, a exposição explora a noção da fotografia como um instrumento para as ciências sociais e para a criação de arquivos de imagens em projectos históricos, da Mission Héliographique francesa (1851), à missão da DAtAR dos anos 1980.
"Arquivo Universal - O Documento e a Utotpia Fotográfica" inaugura segunda-feira e estará patente no
Museu Colecção Berardo até 03 de Maio.

1 comentário:

Marc. disse...

Recomendo vivamente Vale a pena :))